Dia desses, vi um ciclista todo paramentado! Capacete, luva, acho que a bicicleta tinha os equipamentos todos. Nossa! Que cuidadoso! Não fosse ele estar na CONTRAMÃO!!!! Passei por ele e tive vontade de falar: para que tudo isso, se você esqueceu de andar na mão certa de direção??? É para rir ou para chorar?
Acompanhando pela mídia as manifestações em São Paulo (e pelo Brasil) e toda aquela super cobertura dos canais de tv, fiquei pensando se a galera sabia mesmo sobre o que estava protestando. Moda é moda! Sou muito a favor de manifestações, mas não me venha com vandalismo, com desrespeito de parte a parte, com falta de diálogo e sem objetividade. EU TÔ FORA!!!
Aí "pipocam" manifestantes de redes sociais. Nossa! 1000 vão comparecer!! Apenas na rede social! Dificilmente, os valentes do Face colocam suas caras nas ruas... Penso que o debate deveria ser mais profundo e deixar de ficar na quantidade de centavos de aumento ou de diminuição da tarifa!
Qual é a sua insatisfação, de verdade?
Eu sempre digo que pagaria pedágio e nem me sentiria assaltada se o valor fosse R$ 2,00 ou R$ 3,00. Então, o que me deixa louca da vida é a injustiça do valor cobrado para eu andar numa rodovia que não foi construída com dinheiro privado. Ela foi construída com dinheiro público! Então, eu pago duas vezes... E pago caro, muito caro pela incompetência administrativa de governos estaduais, que sempre disseram que foi necessário fazer concessões porque estava difícil manter as rodovias em perfeitas condições! Ah, tá! Aquela velha tática: vamos deixar bem ruim para depois apresentarmos a solução, que neste caso foram as concessões (e eu nem sei se foi a solução. Não me deram alternativas... Nem rotas alternativas...)
E em relação ao aumento das tarifas de ônibus, metrô e trens? Penso que se as pessoas estivessem contentes com os serviços prestados, não haveria do que reclamar. Se os serviços tido como públicos fossem de excelente qualidade, quem abrisse a boca para gritar contra, seria considerado louco!
A discussão é muito mais profunda. Ponto.
O dever de uma boa gestão do dinheiro público deve ser primícia de todo político eleito. É utopia a minha? Eu não acho. E sabe porque? Porque se eu tivesse como transformar para melhor a vida dos cidadãos e cidadãs, eu me empenharia de todo o meu coração e de toda a minha inteligência. Eu sou política e não admito ouvir que todo político é corrupto!
Ontem mesmo, participei de uma festa de família (em Jundiaí) e uma pessoa que não é parente lembrou-se que da última vez em que nos encontramos, eu era candidata a vereadora. Quis saber o resultado. Falei que havia sido eleita suplente. Aí ele me disse: "Ah, então você conseguiu uma boquinha por lá!" "Não. Eu não preciso de boquinhas em nenhuma administração!" - respondi. E ele insistiu: "Mas você logo consegue." "Esse tipo de político eu não sou e repudio aqueles que fazem a vida usando influência de cargos públicos!" - respondi novamente. Ele então desconversou.
Me senti nadando numa correnteza violenta. Claro que nadando contra a correnteza. Querendo mostrar que existem sim outros políticos... Aqueles que defendem o patrimônio público e não os seus interesses particulares; aqueles que acreditam que não é preciso negociata nas licitações; aqueles que não usam seus cargos para conceder favores a conhecidos e até a desconhecidos; aqueles que não usam o cheque em branco assinado pelos eleitores no dia das eleições para simplesmente ficarem milionários até a 4ª geração da família.
Eu sempre disse que a melhor arma na minha mão era o voto! Continuo acreditando nisso e me esforçando para que um dia a população se liberte das correntes dos favores, dos salgadinhos, dos remédios dados (ou desviados)... E que esta JUSTIÇA cega, burra, corrupta e tão responsável pelos maus políticos, quanto aqueles que trocaram seus votos por benefícios, um dia seja digna de ser chamada Justiça!
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