Quanta criança!!!! De todas as idades, tamanhos... Todas brincando nas ruas à vontade. Lá não tem movimento. Aliás, não tem nada PERTO: Não tem farmácia, não tem shopping, não tem escola, não tem mercado, não tem unidade de saúde (ainda que a equipe de saúde da família faça o trabalho lá), não tem açougue, nem padaria, não tem, não.
Visitamos 3 casas. E conheci a realidade da Rose. Uma jovem de 27 anos que tem 3 filhos: Camile de 5 anos e que tem paralisia cerebral, Douglas de 4 anos e David de 11 meses. Mora com o marido e mais 3 adolescentes (filhos do marido). A casa tem 2 quartos, um banheiro, uma sala conjugada com a cozinha, no máximo 40 metros quadrados. E alguém tem coragem de dizer que é melhor estar lá do que debaixo da ponte? Vai morar lá para ver!
Ao me deparar com ela, vi a tristeza estampada no rosto. Seus olhos são tristes e não há sorriso. Rose usa um aparelho na traqueia o que a deixa muito infeliz. Já faz 5 anos que ela está usando... Já foi várias vezes na Unicamp para retirar o aparelho, mas a cada vez é uma equipe diferente que a atende e ninguém resolve!
Disse que gostaria muito de visitar a família, que mora na Bahia, se não me engano, mas tem vergonha e não quer que ninguém fique perguntando o que ela fez para ter que usar aquele aparelho (durante a gestação de Camile, Rose teve uma convulsão e precisou fazer esta abertura na traqueia, pois não conseguia respirar...)
Já me informei na Secretaria de Saúde: é necessário que ela passe por uma consulta aqui em Indaiatuba para ver o que é possível fazer...
Só quero que ela saia deste quadro de infelicidade, beirando a depressão!
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